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Vitral do presbitério: “Maria Theotokos

“Maria Theotokos” que, como um imenso céu azul, contém o sol: Deus. “Maria Mãe de Deus... grande como o céu, tão grande que é capaz de conter em si o seu Filho” (Chiara Lubich).

 

Os amplos vitrais laterais à esquerda: o mistério da paixão de Jesus:

Quinta feira santa: Jesus aos pés do Monte das Oliveiras, pronuncia a sua oração ao Pai pela unidade: “que todos sejam um” (Jo 17,21).

Queda de Jesus: a força expressiva das cores do martírio, a intensidade e a crueza das horas sob o peso da cruz.

A luz, dor amada, irrompe ao centro, num movimento horizontal-ascensional que culmina na ampla luz da Ressurreição. Na Ressurreição toda a terra “vibra”.

 

De frente, a “Via Mariae”:

“A Anunciação”: Maria perde-se no Sol e resplandece na Luz do Pai;

”A Visitação”: Maria vai visitar Isabel, cantando o seu Magnificat;

“O Nascimento de Jesus": Uma cascata vertical de luz em tonalidades de oiro;

“A Realidade mística de Maria": Maria é a ‘Palavra vivida’, revestida toda da Palavra: "Fundo branco, imenso, quase uma voragem que contém a Palavra que é Cristo, e nEle se afunda, luz na luz; este altíssimo silêncio… quase o “la” do eterno canto do Paraíso" (Chiara Lubich);

"O Pentecostes": Maria - qual templo do Espírito Santo - participa na vida da Igreja nascente, e no Pentecostes ocupa o lugar ‘central’;

"A Assunção": a “Glória de Maria”.

'Nos vitrais, os episódios da Paixão de Cristo, desde a saída para o calvário até ao momento crucial do fim, são representados pelas diversas tonalidades dos verdes aos vermelhos e aos violetas, refletindo assim os vários estados de alma do Homem-Deus, no seu caminho para o holocausto.

 

Formas impregnadas de espiritualidade que afloram do abstrato e linhas essenciais que se entrelaçam num jogo de transparência e de luz que acentuam o misticismo do conjunto, culminando no vitral central. Este, na transparência dos azuis e amarelos, simboliza o céu azul que contém o sol, como Maria contém Deus, sublinhando o tema de Maria Theotokos.

 

O vitral à direita representa os momentos principais da vida de Maria que aparece envolta pela luz rósea da Anunciação e pela luz do sol da Visitação e do Nascimento de Cristo, até à voragem azul da luz do Pentecostes, para finalmente se confundir com Deus, no azul da Ascensão.

 

Cada cena vive da vida e luz própria e, ao mesmo tempo, harmoniza-se com as outras, sem interromper a continuidade, num ritmo harmónico de formas e de cores'.

Maria Maddalena Mosco

Diretora do Museu das Pratas do Palácio Pitti

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